
quarta-feira, abril 06, 2005Da mentiraPois então, como vocês devem saber conheço desde o anúncio da gravidez, a fofa, querida e encantadora Roberta. O que serve para que eu acompanhe como algumas coisas começam na nossa vida. As mais interessantes com certeza são as referentes à linguagem e ao uso que se faz dela. O que me incuca no momento é como começamos a mentir. Um dos motivos me parece ser a necessidade de inserção. Caso 1: Tirando as Lentes R. 3 anos e meio: Que que você tá fazendo? K: Tô tirando a lente. R. Eu também uso lente. K: Não minta, Rô. R. Eu não tô mentindo. K: Tá sim, você não usa lente. R. Mas eu não tô mentindo, eu tenho uma lente, tá lá em casa. K: Não minta, é muito feio mentir. R. Mas eu não tô... K: Já falei q não é pra você mentir, que é feio, e eu sei que não é verdade que você tem lente em casa. Caso 2: Estendendo Roupa R: Posso te ajudar K: Não, não pode. R: Vou ajudar a vó... (mexendo numa bacia com água) K: Não pode, tá frio, você tá descalça e gripada R: Mas eu quero ajudar. K: Sim, minha querida, mas isto é coisa de gente grande, e tá frio. Vai lá pra dentro que eu já tô indo também. R: Mas a minha mãe deixa eu fazer K: Claro que não!Tá frio, e se você está gripada ela não vai nem gostar de saber que você está aqui fora. R: mas ela deixa. K: Não minta R: Não é mentira Caso 3: - Nossa, hoje tinha uma aranha marrom enorme no meu quarto. - Ui, dá até uma coisa. - Sabia que outro dia uma aranha marrom me picou? - É mesmo? Risos contidos... Inserção ou não, às vezes fico na dúvida entre os limites do “não minta” e do “que imaginação”. Kathia 3:10 PM
Fale vc tbém:
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